Setor empresarial pede criação de mercado nacional de carbono
Documento assinado por 45 grandes empresas foi entregue em encontro promovido com Geraldo Alckmin.
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin recebeu, no último sábado (27), um documento assinado por 45 grandes empresas pedindo a criação de um mercado regulado de carbono brasileiro.
A carta foi entregue em mãos pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) em um encontro privado com a presença de CEOs das companhias associadas, em São Paulo.
O texto destaca que esse mercado regulado tem papel essencial na transição para uma economia verde, levando ao aumento de produtividade, à geração de empregos e renda para os brasileiros e também evitando possíveis sanções internacionais relacionadas às questões climáticas.
“É uma oportunidade para o Brasil reforçar seu papel de protagonista global. Por isso, é fundamental agir agora para ter resultados a entregar. É preciso ser célere para que o país possa de fato capturar essas oportunidades e exercer protagonismo mundial no mercado de carbono, seja pelo cumprimento de seus compromissos de redução de emissões, seja como gerador de créditos para compensação de emissões no mercado interno e externo”, pontua o documento.
Para o CEBDS, além de ser uma ferramenta que atua para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, o mercado de carbono regulado nacional seria um importante incentivo para o direcionamento de investimentos para tecnologias mais limpas.
Segundo o documento, diversas regiões do mundo possuem um mercado de carbono para estimular negócios verdes, como a União Europeia, a China e a Califórnia. No Brasil, o que há são projetos de leis em discussão na Câmara e no Senado (saiba mais).
A carta entregue ao vice-presidente da Republica é assinada por empresas de diferentes setores: energia, bancos, mineração, cosméticos, óleo & gás, alimentos, bens de consumo, varejo, papel & celulose, agricultura, logística, siderurgia e tecnologia.
No encontro também foram abordadas outras pautas consideradas pelos empresários como prioritárias para o desenvolvimento sustentável do país, como a transição energética e o caminho que deve ser trilhado pelo Brasil até a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.
A íntegra da carta entregue a Geraldo Alckmin pode ser acessada neste link.